A partir do século XVII, a história da Maçonaria passa, com uma intensidade muito maior, a compor as páginas da História Geral da Humanidade, seja em razão de sua origem, seja pela importância de muitos de seus membros, ou por sua real e efetiva participação em significativos momentos da história dos vários povos onde milita.
Há que se observar, no entanto, que em diversos eventos históricos nos quais se propugna a participação da Maçonaria como instituição, o que se tem registrado, tão somente, é o fato simples de que alguns dos participantes desses eventos eram maçons.
Isso poderia, então, significar que, nesses casos que costumeiramente são citados como acontecimentos conduzidos pela Maçonaria, tais, a rigor, não seriam, mas teriam dentre seus reais partícipes – líderes ou apenas militantes – elementos dos quadros da Ordem. Seria, grosseiramente, em tais situações, como se afirmar que a Maçonaria participaria ativamente da Medicina, do Direito e da Engenharia, uma vez que em seus quadros contam-se profissionais como Médicos, Advogados e Engenheiros.
Certo é, no entanto, que possuindo em seus quadros obreiros da Arte Real, as instituições, os movimentos sociais, a política e, bem assim, quaisquer grupamentos humanos, hão de contar com mais luz e razão quando da elaboração de seus planos e para a condução de suas atividades, uma vez que os princípios de justiça e perfeição de que devem estar eivados esses Pedreiros da Luz se manifestarão como uma influência naqueles momentos.
Por essa mesma razão, é muito fácil encontrar nos acontecimentos desse período mais recente da humanidade, qual seja, a partir do século XVII, a presença e a ativa participação da Maçonaria, seja institucionalmente inserida como tal, seja representada pela ação pessoal de vários de seus obreiros, nos momentos mais importantes e significativos da história geral da humanidade. Podemos até afirmar, com base na documentação histórica atualmente existente, que os eventos mais importantes da História desse período, em sua maioria, sempre contaram com a participação, fosse da Maçonaria ou de maçons neles inseridos, direta ou indiretamente.
Dentre esses, sobretudo, destacam-se, com especial valor, os movimentos de independência ou, ainda, de libertação de regimes absolutistas de diversos países, como ocorrido nos Estados Unidos da América e, a seguir, na França e nos países latino-americanos, como o Brasil. Nesses movimentos, é certo que houve a participação da Maçonaria, tanto como uma instituição reservada e discreta, quanto pela presença atuante e imprescindível dos obreiros de seus quadros, isoladamente ou organizados.
Os princípios que norteiam a evolução dos homens livres e de bons costumes são de valor universal e permeiam o pensamento da Arte Real, sustentando as diretrizes adotadas em todos os continentes aonde atuam a Maçonaria e seus obreiros. Há muito a História Geral da Humanidade vem sendo escrita a muitas mãos, mas, certamente, nos últimos séculos, muitas dessas mãos assinam com o triponto.